Caravana garante tratamento de doenças da garganta em professores de Natal


Caravana garante tratamento de doenças da garganta em professores de Natal
Crédito da imagem: Divulgação SMS

A Caravana da Saúde Escolar tem como objetivo de prevenir e diagnosticar problemas vocais e doenças da garganta em professores da rede municipal de ensino de Natal, mas também o de levá-los ao tratamento e cura destes problemas. Além de consultas e exames dentro das escolas, a Caravana da Saúde Escolar conta ainda com o trabalho de contrapartida do Instituto Pedro Cavalcanti (IPC), executor do projeto, que disponibiliza cirurgias, procedimentos complementares e acompanhamento gratuito dos profissionais atendidos.

O professor Abedias Aires Afonso esteve, na terça-feira (01), na sede do Instituto Pedro Cavalcanti, para a realização de consultas e marcação de procedimentos no local. Abedias foi atendido pela Caravana, durante a visita à escola municipal São José, na Vila de Ponta Negra. Na ocasião, o professor se queixava de constantes dores na face, tosse e secreção no nariz, que geravam irritações na garganta. Problema que era agravado, cada vez que forçava a voz, durante as aulas, causando rouquidão e perda da voz.

O exame de laringoscopia, realizado dentro da escola, revelou que não existiam lesões na garganta. O professor foi, então, encaminhado para a realização de exames mais específicos, para investigação do caso e a possibilidade de rinite, sinusite e desvio de septo. “Achei ótimo, porque não tenho condições de pagar plano de saúde e minha rotina é muito corrida para parar e ir até o posto e aqui foi tudo muito rápido. Vou fazer o tratamento até o fim”, comenta.

A professora Ana Dulce dos Santos Oliveira foi beneficiada com os exames vocais oferecidos durante a visita da Caravana à escola municipal professora Emília Ramos, no ano de 2010, na primeira etapa de trabalhos do projeto. Na consulta com os especialistas, foi diagnosticada a presença de nódulos e fendas nas cordas vocais, e a educadora foi encaminhada para a sede do Instituto, onde passou por mais exames, para a confirmação do caso, e posteriormente por uma cirurgia para a retirada das lesões.

“Depois do exame de laringoscopia, e após saber a minha história, clínica o médico disse que era melhor que eu fosse encaminhada logo para cirurgia, pois os nódulos já estavam como pólipos e poderia evoluir para algo mais sério”, conta.

Ela conta que já sofria com o problema há algum tempo e que a Caravana foi uma oportunidade de saber com mais urgência a causa de tanto incômodo e também receber o tratamento necessário, integrado a informações sobre como cuidar da voz no dia a dia, para evitar doenças e conseqüências mais graves no futuro.
“Como professora já falo muito, e eu sempre trabalhei com alunos de 6 a 7 anos em fase de alfabetização. Desde os 17 anos, uso muito a voz para contar histórias e ler com as crianças, falando todos os sons, para que aprendam e escrevam. Além disso, sempre trabalhei em dois turnos, forçando a voz sem os cuidados necessários. Tudo contribuiu para o problema”, coloca.

Ana Dulce relembra que, muitas vezes, quando chegava à quinta-feira, já estava totalmente sem voz e que tinha que ser substituída em sala de aula no dia seguinte. E, pouco tempo antes da chegada do projeto, havia passado por um período de afastamento de oito meses, para a realização de terapia vocal, mas quando voltou à rotina de trabalho, percebeu que o cansaço e rouquidão constante continuavam, impedindo que ela realizasse atos simples como atender ao telefone em alguns dias da semana.

Após a cirurgia, a professora afirma que se sente bem melhor, pois a rouquidão e dores na garganta, antes tão comuns no final de cada semana, não a acompanham mais. No momento, Ana Dulce está afastada de sala de aula, pois foi convidada a assumir o cargo de vice-diretora da escola municipal Zeneide Higino de Moura, mas destaca que na atual função também utiliza bastante a voz e que agora não descuida orientações passadas pelo médico.

“Minha vida melhorou muito. Eu ficava muito angustiada quando ficava sem voz, porque gosto muito de falar, de estar conversando com as pessoas, era uma sensação muito ruim. E hoje também sigo muitas coisas que o médico explicou como não gritar, beber bastante água, e adotar períodos de repouso vocal, mas ainda tenho que procurar a fonoterapia, o que também fui orientada a fazer”, coloca.

A Caravana da Saúde Escolar é projeto de ações preventivas e curativas de saúde vocal, visual e auditiva, dirigido a profissionais e alunos da rede municipal de ensino de Natal. Desenvolvido pelas secretarias municipais de saúde e educação, em parceria com o Instituto Pedro Cavalcanti, a iniciativa já está em sua segunda etapa de visitas às escolas da cidade. Nesta quinta (03) e sexta-feira (04), a equipe de especialistas está na escola municipal Henrique Castriciano, no bairro de Santos Reis.

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