Estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Cívico-Militar Professora Maria Alexandrino Sampaio instalaram luzes de Natal na fachada da unidade de ensino nesta quarta-feira (28), como parte prática do curso de capacitação para eletricista de baixa tensão, promovido em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN-Zona Norte). Ao todo, 30 estudantes matriculados participam das aulas da EJA na unidade de ensino.

O diretor administrativo-financeiro da Escola Municipal Cívico-Militar Professora Maria Alexandrino Sampaio, Jarbas Araújo Dantas, comentou sobre a receptividade dos estudantes ao projeto. “Está sendo maravilhoso, estamos vendo a EJA de outra maneira. Os alunos hoje sonham, saem da formação com uma profissionalização técnica e essa parceria com o IFRN está sendo muito importante. Quem mais ganha aqui é o aluno”, afirmou.

A assessora pedagógica do Setor de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria Municipal de Educação, Eusâmia Penha dos Passos, explicou como surgiu o projeto desenvolvido em parceria com o IFRN. “Inicialmente a coordenadora da escola falou da intenção do IFRN em realizar uma ação integrada voltada à educação profissional de jovens e adultos que ainda frequentam o Ensino Fundamental. Acreditamos que um dos caminhos do EJA é essa junção. A evasão é mínima e eles se sentem engajados nas práticas. São 30 estudantes que participam, um ônibus disponibilizado pela Prefeitura do Natal foi disponibilizado para levar a turma toda semana para o IFRN para que participem do curso”, contou.

Atuando como professora de Língua Portuguesa do IFRN e coordenadora do curso, Sandra Xavier da Câmara, comentou sobre o curso ofertado e o que vai ser desenvolvido. “Estamos cumprindo uma meta estabelecida no nosso planejamento, de oferecer esses cursos para o programa de Educação de Jovens e Adultos, sendo que agora, trabalhamos com o Ensino Fundamental. O nosso objetivo é formar um eletricista, um instalador, que tenha a capacidade de fazer instalações. Existe a parte técnica com disciplinas e práticas para capacitá-los" disse.

Magda Vassemberg Lopes da Silva, tem 39 anos e disse que o curso é uma grande experiência e oportunidade de aprendizagem. “É um divisor de águas, pois para mim, o curso foi totalmente fora do que eu imaginava. Nunca tive experiência nenhuma com eletricidade”. Ela contou também que decidiu voltar a estudar no ano de 2020 e após ver a apresentação do curso, resolveu entrar. “É bastante difícil, afinal é um mundo novo. Vi o curso como uma porta de oportunidades e ele é muito bom", ponderou.

Josefa Luciene Da Silva, tem 28 anos e contou sobre sua história com os estudos e com a oportunidade de participar do curso. “Aprendi muita coisa, a conviver com muita gente todos os dias e esse curso traz como se fosse essa família para mim. Meu pai é pedreiro, meus tios são mestres de obra e estou aprendendo a mexer com essas coisas. Me sinto em casa. Fazer parte dessa instituição maravilhosa é algo muito gratificante, aprendi demais” explicou.