No Brasil, é perceptível, desde a sua institucionalização em 1992, uma tentativa nacional do Ministério da Saúde e demais setores da área de familiarizar a população com o exame conhecido como “Teste do Pezinho”. Esta empreitada não é à toa. A Triagem Neonatal, nome oficial do teste, é atualmente considerada uma das etapas mais importantes nos primeiros momentos de vida do bebê.

 

Neste 6 de junho se comemora, no Brasil, o Dia Nacional do Teste do Pezinho, mais um passo em direção à conscientização da importância do exame. Isabel Lima, chefe do Núcleo de Saúde da Criança na Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), destaca que a triagem neonatal não é constituída apenas pelo teste do pezinho. Também faz parte da triagem os testes “do coraçãozinho”, “da orelhinha” e “do olhinho”, os dois primeiros sendo realizados na própria maternidade, depois do nascimento, e o último podendo ser feito tanto na maternidade como nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).

 

O teste do pezinho, assim como o “do olhinho”, pode se realizado na maternidade, caso o bebê ainda esteja lá no seu terceiro dia de vida, ou em uma UBS, caso já tenha voltado para casa. “O teste do pezinho é de extrema importância para que os profissionais da saúde possam identificar o quanto antes condições que afetem o bebê. Uma descoberta desta pode fazer toda a diferença no tratamento daquele criança, quanto antes, melhor” declarou Isabel.

 

Devendo ser realizada entre o 3º e o 5º dia de vida, o exame tem como objetivo identificar doenças e condições genéticas, metabólicas, infecciosas e endocrinológicas, cuja existência poderia passar despercebida por anos. É o caso, por exemplo, da Fibrose Cística, doença genética que afeta 1 a cada 10 mil pessoas no Brasil, e cujos sintomas são semelhantes aos manifestados diversas outras condições, situação que dificulta o seu diagnóstico.