Neste domingo (27) é celebrado o Dia da Mata Atlântica, um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do mundo e um dos mais ameaçados pelo homem. E o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte vai promover mais uma ação de plantio de mudas de espécies da Mata Atlântica na segunda-feira (28), das 8h às 10h, com a presença de crianças e adolescentes da Escola Marie Just e do Projeto Amana. Serão plantados, dentro do Parque da Cidade, exemplares de Cajueiro, Paineira Lisa, Pau-Brasil, Jurema Branca, Antúrio, entre outras espécies.


Com mais esta ação, o Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte dá continuidade ao compromisso de recuperar áreas degradadas na Unidade de Conservação do Município e plantar duas mil mudas ainda este ano e quinze mil mudas nos próximos cinco anos. “O Parque da Cidade tem feito ações periódicas de plantio de mudas produzidas pelo Centro de Produção de Mudas/Horto para levar a conscientização da importância da Mata Atlântica na existência dos seres vivos. É um bioma que tem sido bastante degradado e nós estamos indo na contramão dessa devastação, ação danosa do homem, executando esses projetos de plantio das espécies não só dentro do Parque, mas, também, dentro da ZPA-01”, explica o gestor do Parque da Cidade, Carlos da Hora.


O Parque da Cidade está inserido numa Zona de Proteção Ambiental, a ZPA- 01, que tem uma área de 703,39 ha, possui remanescentes de Mata Atlântica e uma considerável biodiversidade. Além de ser a principal área de recarga do aquífero subterrâneo, que abastece a capital potiguar de água potável.


Como a maioria das florestas, esse ecossistema está cada vez mais sofrendo pela ação do homem através do desmatamento e pelas queimadas, principalmente. Devastada para dar lugar ao crescimento urbano, o Brasil possui apenas 12,5% da área original da Mata Atlântica. Por sua importância, foi criado o Dia da Mata Atlântica com o objetivo de servir como ponto de reflexão sobre a necessidade de preservação e de conscientização a respeito das ações necessárias para mudar essa realidade. A Mata Atlântica é essencial para a biodiversidade, estabilização do clima, fornecimento de água, conservação do solo, vida e bem-estar dos seres vivos. São 20 mil espécies vegetais, 849 de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 espécies de peixes que vivem e dependem do bioma para sobreviver.


Estudo realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, estima que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos. O gás carbônico em excesso no ar é prejudicial, sendo uma das substâncias responsáveis por mudanças no clima. O estudo foi feito com base em análises de amostras do plantio de árvores nativas dos projetos Clickarvore e Florestas do Futuro, programas de restauração florestal da Fundação SOS Mata Atlântica.