Dos 45 profissionais da Escola Municipal Santa Catarina, 32 já foram atendidos durante o 1°dia de atividades na instituição

A Caravana da Saúde Escolar está no bairro Novo Horizonte, o projeto iniciou na última segunda (29) suas ações de saúde vocal visual e auditiva na Escola Municipal Santa Catarina, onde ficará até amanhã (31). As atividades começaram com empolgação e colaboração entre e a equipe de profissionais do projeto e da instituição visitada. No primeiro dia de ações mais de 50% dos funcionários e professores da escola já realizaram os exames e consultas oferecidos pelo projeto.

Dos 45 profissionais da instituição 32 foram atendidos durante o dia de ontem. “A escola inteira se organizou para receber o projeto. Preparou a listagem de alunos e organizou as turmas com antecedência, e essa cooperação está sendo refletida no rendimento do trabalho”, diz a coordenadora operacional da Caravana Carmen Firmino.

A diretora da escola Santa Catarina Jerusa Portela Idesis conta que toda a equipe de funcionários se empenhou para receber a Caravana e providenciou tudo que foi solicitado para o trabalho na escola, o mais rápido que puderam. Logo depois da etapa pedagógica, organizaram a listagem dos alunos e reservaram uma sala específica para a realização dos exames com mais tranqüilidade. “Na escola só temos um digitador e para não atrasar os trabalhos, eu e a vice-diretora também ajudamos na digitação das listas”, disse.

Tanto esforço, segundo a diretora, é pela importância de uma iniciativa como essa. “O projeto é maravilhoso, muitos professores poderão tratar de problemas vocais que nem sabiam possuir e muitas crianças estão recebendo encaminhamentos para o uso de medicação e para a realização de exames complementares e, com mais saúde, todos terão uma vida diferente”, coloca.

Atendimento diferenciado

Na escola Laura Maia,na praia do meio, onde a Caravana realizou dois dias de atendimentos nas últimas quinta (25) e sexta-feira (26), as observações e comentários foram em relação ao atendimento diferenciado às crianças pela equipe de profissionais da Caravana. Segundo a diretora, nas consultas são utilizadas uma linguagem e abordagem adequada à faixa etária dos alunos da instituição, a maioria entre cinco a nove anos, passando confiança e deixando-as mais tranqüilas no momento de realização de exames. “A maioria das crianças tem medo de médico e quando vêem a roupa branca já começam a chorar, mas com eles percebemos que elas ficam calmas, não reclamam ou fazem birra para serem atendidas, gostam de estar com eles”, destaca.

“Ficamos muito contentes quando recebemos elogios, porque tentamos realizar o nosso trabalho da melhor forma possível, mas sabemos que tudo isso é fruto de um trabalho planejado e organizado de forma flexível, visando atender realmente às necessidades dos estudantes”, diz a pedagoga do projeto Terezinha Tomaz, que também ressalta a importância da participação dos pais nesse processo.

“Observamos uma presença muito grande das mães nas escolas visitadas, acompanhando as consultas e exames, principalmente quando se trata de crianças menores, isso é muito bom porque elas podem repassar para os profissionais toda a história clínica do estudante com mais detalhes e ainda aproveitam para tirar dúvidas sobre os cuidados necessários com a saúde de seu filho”, diz.

Em todos os estudantes são realizados os exames de visão, de otoscopia e de audiometria tonal. A fonouadióloga Marcela Cortes destaca que para diagnóstico de perdas auditivas em crianças abaixo de cinco anos ou que apresentem algum problema neurológico que atrapalhe a compreensão, além da realização da audiometria, todas também são encaminhadas para exames complementares Instituto Pedro Cavalcanti, como o de otoemissões, o de impedanciometria e o Bera, procedimentos objetivos e que não dependerão somente de uma resposta imediata do paciente, fechando com mais precisão o diagnóstico.