O secretário municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU), Kelps Lima, e o procurador Geral do município do Natal (PGM), Bruno Macedo, reuniram-se às 17 horas desta terça-feira (31) com representantes do Sindicato dos Transportes Opcionais de Passageiros do RN (Sitoparn) e decidiram fazer uma nova rodada de negociações nesta quarta-feira (01/04), dessa vez na presença do juiz Cícero Martins, da 4ª Vara da Fazenda Pública.

A reunião, com horário a ser definido na manhã desta quarta, ocorrerá no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Lagoa Nova. “Vamos discutir com o juiz os dois processos que tratam da bilhetagem eletrônica sob sua responsabilidade, informou Bruno Macedo.

O titular da PGM explicou que o primeiro processo, impetrado pelo Ministério Público, trata da interoperacionalidade do transporte público de Natal, permitindo dois sistemas de bilhetagem eletrônica: um do Sitoparn e outro do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn).

De acordo com esse modelo, os usuários poderiam utilizaram qualquer um dos dois sistemas, tanto nas vans como nos ônibus. Atualmente, o único que está em operação é o do Seturn, enquanto que o Sitoparn, segundo a presidente da entidade, Maria Edileuza de Queiroz, amarga prejuízos financeiros, pois os usuários só pagam com dinheiro nos veículos alternativos. “Sofremos perdas de até 60% do número de passageiros transportados”, afirmou Edileuza.

O segundo processo que tramita na 4ª Vara da Fazenda Pública foi impetrado pelo advogado do Sitoparn, Luciano Caldas Cosme, solicitando que haja uma bilhetagem eletrônica única, ou seja, o mesmo sistema para os alternativos e para os ônibus.

“Este processo foi feito de forma equivocada”, afirmou Kelps Lima. O titular da STTU explicou que antes de dar entrada na peça jurídica, os sindicalistas deveriam ter entrado em contato com a Prefeitura do Natal. “Deveríamos ter feito um processo em conjunto. Agora a situação ficou mais difícil, pois teremos que atuar em cima de duas causas que não tiveram nenhum aval jurídico da Prefeitura”, ressaltou Kelps Lima.

A reunião desta terça-feira faz parte de uma série de cinco acordada entre a Prefeitura e o Sitoparn para que não haja mais manifestações por parte do sindicato, prejudicando assim a população, como ocorreu na última quinta-feira.