A primeira de uma série de reuniões que vão ocorrer entre a Prefeitura do Natal e o Sindicato dos Transportes Opcionais de Passageiros do RN (Sitoparn), com o objetivo de discutir a bilhetagem eletrônica única, aconteceu na manhã desta segunda-feira (30) na sede da Procuradoria Geral do Município. Classificada como “proveitosa” pelo procurador geral Bruno Macêdo, a reunião serviu para que os problemas enfrentados hoje pelos opcionais fossem identificados.

“Conseguimos identificar que o problema é de natureza jurídica e não técnica. Existe uma ação do Ministério Público que promove a integração entre o sistema do Seturn e o dos opcionais, mas essa alternativa não é economicamente viável para os permissionários. Então nós vamos consultar o Ministério Público para saber se a bilhetagem única é possível e até o final da tarde de hoje saberemos se o órgão participará das nossas próximas reuniões”, explicou o procurador geral.

Um novo encontro está pré-marcado para esta terça-feira (31), às 16h, em local ainda indefinido. Se o Ministério Público confirmar o interesse em participar do diálogo, provavelmente a reunião ocorrerá na sede do MP. Caso contrário, os representantes do sindicato e o procurador geral irão se encontrar na sede da Procuradoria.

Na sexta-feira passada (27), quando o secretário municipal de Transporte e Trânsito Urbano, Kelps Lima, e os representantes Sitoparn decidiram pela abertura do diálogo sobre a bilhetagem eletrônica única, ficou decidido que a partir desta semana seria iniciado um canal de negociação entre o executivo e o sindicato, em busca de uma solução para o impasse.

De acordo com a proposta do titular da STTU, deverá ser realizada também uma audiência conjunta entre as partes, que contará com a presença do juiz responsável em julgar a ação declaratória de nulidade do ato administrativo que criou a bilhetagem eletrônica, impetrada pelos advogados do Sitoparn, Luciano Caldas Cosme e Ítalo José Soares de Medeiros.

O titular da STTU afirmou ainda que o executivo natalense irá lutar pelos interesses da população e que por esse motivo defende a implantação da bilhetagem única, atualmente aplicada apenas pelos empresários nos ônibus coletivos.