Na última quarta-feira, dia 18, o Diretor Geral do Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor, Carlos Paiva, esteve em São Paulo para participar do Semarc - Seminário de Marketing e Relacionamento da FEBRABAN, a Federação Brasileira dos Bancos.

O seminário reuniu representantes de entidades de defesa do consumidor de todo o país, bem como presidentes de empresas, representantes do setor bancário, universitários e profissionais de marketing e relações de consumo em geral.

O tema foi "Relacionamento com o consumidor: Perspectivas para a próxima década" e contou com a presença de painelistas experientes na área de defesa do consumidor como Ricardo Morishita, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, e Roberto Grassi, Juiz de Direito do Estado de São Paulo e Diretor do BRASILCON (Instituto Brasileiro de Política e Direito do Consumidor).

A educação para o consumo está se mostrando uma preocupação cada vez maior não apenas entre os Procons, mas também entre os fornecedores de produtos e serviços, que procuram novas maneiras de lidar com uma geração com acesso cada vez maior à informação, mas que nem sempre faz uso dela, a chamada “Geração Y”.

“A Geração Y é mais consciente sobre seus direitos do que a geração anterior”, afirma Carlos Paiva, “mas é nosso dever, como órgão de defesa do consumidor, guiar esta consciência para o caminho certo, fomentando o consumo responsável e sustentável. 2010 é um marco não apenas pelos 20 anos do Código de Defesa do Consumidor, mas por dar início a um novo momento nas relações do consumo, onde, de um lado, o consumidor quer se informar e, do outro, as empresas querem informá-lo, querem acertar. Elas não os subestimam como antigamente.”

Esta nova consciência se aplica também às próprias entidades bancárias. Desde 2005, quando o Supremo Tribunal Federal entendeu que os serviços bancários eram uma relação de consumo, e estariam portanto dentro do escopo do Código de Defesa do Consumidor, as instituições bancárias como um todo estão procurando um relacionamento melhor com seus clientes.

Um dos primeiro bancos a ser chamado para um diálogo sobre a Lei das Filas com o Procon Natal, a Caixa Econômica Federal, hoje é um dos que recebe menos denúncias. Uma postura exemplar de que pode haver sim cooperação entre todas as partes, com o bem-estar do consumidor como objetivo final.