Ainda no começo do semestre os natalenses poderão contar com mais um serviço de inclusão. Os Telecentros Comunitários deverão promover o desenvolvimento social e econômico da população que não dispõe de acesso à internet, criando oportunidades e reduzindo a exclusão social. O Programa é uma ação da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTAS) em parceria com o Governo Federal e Ministério das Comunicações.

Os Telecentros são espaços públicos providos de computadores conectados à internet em banda larga, onde são realizadas atividades ligadas à inclusão digital, por meio do uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s). Neles, serão utilizadas ferramentas (computadores, impressoras, conectividade e outros equipamentos audiovisuais e/ou multimídia) com a finalidade de capacitar e promover atividades inclusivas.

Em Natal, serão implantados seis Telecentros em locais onde já são desenvolvidos outros projetos sociais – no Projovem em Panatis; na Clínica de Atendimento Filantrópico Integrado a Medicina - AFIM, em Mãe Luiza; no CRAS Guarapes; na ONG Gente Feliz, em Cidade Nova; no Instituo Norteriograndense da Cidadania São Judas Tadeu, em Neópolis e no Corpo de Bombeiros do Barro Vermelho. Será implantada, também, uma biblioteca virtual na própria sede da SEMTAS.

O Ministério das Comunicações doou à Prefeitura sete kits para implantação dos seis Telecentros e da Biblioteca Virtual. Cada kit é composto por: 10 computadores, um servidor, onze estabilizadores, roteador wireless, impressora a laser, projetor multimídia, 21 cadeiras, uma mesa de professor, um armário, 11 mesas para computador, um ponto de presença do GESAC (Internet em banda larga do Governo) e câmera de monitoramento remoto.

O serviço oferecido pelos Telecentros é gratuito e pode ser utilizado pela população em geral, atendendo também a portadores de necessidades especiais e crianças a partir dos sete anos de idade. As atividades desenvolvidas em cada uma das seis unidades estarão sob coordenação local e contarão com o auxílio de dois monitores.

A coordenadora do Programa, Jaqueline Ramalho Maia, ressalta que um dos diferenciais mais significativos dos Telecentros em relação às Lan Houses é a oportunidade de qualificação gerada pelo Programa. “Além do acesso gratuito, iremos promover cursos de alfabetização digital e à distância, contribuindo para a formação profissional e social dos natalenses”.

Ela diz ainda que os espaços que irão abrigar os Telecentros já passam por adequações. “Estamos pintando, colocando piso, instalando ar-condicionado, expandindo os espaços e ajustando-os para atender aos portadores de necessidades especiais. As unidades passam por reformas específicas”, conta Jaqueline Maia.
Os computadores do Programa são equipados com sistemas operacionais e softwares livres, como Linux, Openoffice e Firefox. Cada estação de trabalho (computador) poderá ser utilizada por até duas pessoas simultaneamente.

Embora os horários de funcionamento do Telecentro ainda não tenham sido definidos, um cálculo baseado em dez horas de atividades por unidade, tendo o limite de uma hora de uso por equipamento, revela que, por mês, é possível oferecer mais de 13 mil acessos à população.

O Secretário Adjunto do Trabalho, Alcedo Borges, acredita nos benefícios concretos advindos da inclusão digital por meio dos Telecentros. “É um programa grandioso, que poderá fazer a diferença na vida de muita gente. As pessoas terão acesso às informações abundantes que a internet disponibiliza e poderão realizar inúmeras atividades, desde a impressão de um currículo a um curso de capacitação a distância”, afirma o secretário.

A titular da SEMTAS, Rosy de Sousa, aposta nos Telecentros Comunitários. “Não medimos esforços para tocar esse projeto adiante. É impossível negar a importância da inclusão digital na promoção do desenvolvimento social. Não dá para pensar em avanços sem pensar em alfabetização digital”, reforça a gestora.
Todos os Telecentros também irão contar com um Conselho Gestor, composto por cinco membros, que reunirá comunidade, poder público, corpo docente municipal, entre outros, com a finalidade de estabelecer regras de funcionamento e uso do espaço, assegurando que os centros contribuam de maneira efetiva à inclusão digital de qualidade.

Ainda segundo a coordenadora do projeto, outra idéia é incluir os Telecentros, após sua inauguração, no Observatório Nacional de Inclusão Digital (ONID), onde há o planejamento de políticas públicas e fornecimento de informações sobre o tema à sociedade. “É um espaço de discussões importantes, onde pode haver mobilização e participação de toda a comunidade com vistas à inclusão digital. Participando da ONID poderemos melhorar sempre a qualidade do serviço oferecido”, conclui Jaqueline Maia.