A um mês do primeiro aniversário de falecimento do Padre Tiago Theisen, o prefeito Álvaro Dias declara, por meio da Lei de nº 7.384, o título de Patrono da Educação Infantil do Município de Natal, em memória ao educador e religioso pelo incansável trabalho em favor da educação das crianças carentes da cidade. A portaria, publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (8), reafirma a importância da trajetória do religioso belga, que durante mais de 50 anos dedicou-se às atividades de educação voltadas aos mais pobres em Natal, sobretudo na Zona Norte, seu território também afetivo, onde era carinhosamente conhecido como o Apóstolo do Bom Pastor.

“Padre Tiago Theisen deixou um legado que extrapola o sacerdócio. Gerações de crianças e adolescentes foram assistidas através dos projetos desenvolvidos em Natal. Foram mais de 50 mil crianças em um trabalho de completa doação aos menos favorecidos. Esse título é uma confirmação de seu trabalho, de sua escolha por Natal”, declarou Álvaro Dias.  

Ele foi fundador das paróquias N. Sª do Perpétuo Socorro, nas Quintas, e Santa Maria Mãe, no conjunto Santa Catarina, na Zona Norte. Nessa região, ainda construiu mais de 20 igrejas, sempre com salas de aula do lado para trabalhar com crianças da pré-escola. Estima-se que 52 mil crianças foram atendidas em seus projetos.  Por isso, além da homenagem como Patrono, Padre Tiago também é lembrado em praça no  bairro de Igapó e terá seu nome na primeira Escola Municipal de Tempo Integral planejada para ser construída nesta gestão.

A titular da Secretaria de Educação (SME), Cristina Diniz, disse que a homenagem do prefeito Álvaro Dias representa a homenagem da Educação de Natal. “É o reconhecimento ao trabalho pioneiro de atendimento às crianças natalenses em creches de educação e de assistência social. O padre Thiago Theisen é um símbolo de dedicação ao povo da nossa cidade ao longo de décadas e para ele in memoriam, toda nossa deferência”, define ela.

Perfil 
Tiago Theisen nasceu em Namur, na Bélgica, em 1930, e foi ordenado padre em 1955, após estudar Teologia e Filosofia. Chegou ao Brasil em 1968, após o pedido do então arcebispo Dom Nivaldo Monte a Roma para enviar padres europeus, pois vários seminários no país haviam fechado suas portas durante a ditadura militar. No campo do sacerdócio, foi responsável pelo encaminhamento de 27 padres à ordenação e construiu 46 igrejas como atuante trabalhador em sua fé cristã. Até seu falecimento, em 9 de outubro do ano passado, ocupava as funções de Pároco Emérito da Paróquia de Santa Maria Mãe, no conjunto Santa Catarina, e de diretor Arquidiocesano do Apostolado da Oração.