As mulheres em situação de vulnerabilidade alimentar que são protegidas pela Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal do Natal (PMP/GMN) receberam no domingo (24) cestas de alimentos que foram entregues nas suas residências pelos guardas municipais lotados na Patrulha. A ação faz parte de uma parceria entre as secretarias municipais de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) e de Trabalho e Assistência Social (Semtas). 

 

A ação contemplou mulheres residentes nos bairros do Guarapes, Felipe Camarão, Dix-Sept Rosado, Lagoa Azul, Pajuçara e Potengi. Essas pessoas, além de serem vítimas de violência doméstica com ameaça às próprias vidas, se encontram em situação financeira de calamidade, sem emprego, sem renda e sem alimento, já que na maioria dos casos o provedor da família é o cidadão agressor. 

 

A secretária da Semdes, Sheila Freitas, lembrou que o trabalho da Patrulha Maria da Penha em Natal não se limita a proteger a vida da vítima ameaçada pelo agressor, mas também agir numa abordagem humanizada acionando toda a rede de proteção possível para proteger, suprir as necessidades vitais daquele momento e fomentar a capacitação profissional para que essas mulheres alcancem sua independência financeira. 

 

“A Patrulha Maria da Penha vem realizando um trabalho digno de aplausos em Natal e nossa parceria com a Semtas veio preencher lacunas importantes na vida dessas mulheres, pois hoje elas contam com a proteção da Patrulha, segurança de alimento básico em casa e a possibilidade de se qualificar e gerar sua renda. Estamos no caminho certo e a Prefeitura vem fazendo sua parte”, comentou a secretária. 

 

A coordenadora da Patrulha Maria da Penha da GMN, Michely Oliveira, informou que de acordo com dados coletados pela equipe administrativa, cerca de 23% das mulheres assistidas pela Patrulha em Natal se encontram em vulnerabilidade alimentar. “Esse dado nos alertou para irmos além da proteção à vida, pois entendemos que a Patrulha não é um trabalho e sim uma missão”, disse. 

 

Para contar com a proteção da Patrulha Maria da Penha a vítima deve, no primeiro momento, recorrer a Delegacia de Polícia para prestar queixa da violência sofrida e requerer esse amparo da Patrulha. A solicitação é encaminhada ao Poder Judiciário que analisa e, sendo o caso, determina as medidas protetivas acionando a Coordenação da Patrulha para iniciar os procedimentos.